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segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Um dia ainda escrevo um livro

Ando nisto dos blogs há tanto tempo que se quiser precisar desde quando já não sou capaz. Primeiro em formas de " boneca" depois em forma de poeta, voltei aos personagens, escrevi livros e voltei para casa. Tive blogs em todas as plataformas que existem. Nem todos se salvaram ( ainda bem, há coisas que não gostaria que soubessem que fui eu que escrevi mas há algumas de que me orgulho) .

Ao princípio escrevia para organizar os pensamentos, depois começou a ser um escape, depois uma fuga e finalmente um resguardo das agruras da vida. Achava que escrevia para mim, mas na internet ninguém escreve só para si e com o tempo fui percebendo que afinal até gosto que me leiam independentemente das interpretações ou elações que daí possam tirar. Escrevo as minhas ideias, os meus pensamentos, os meus gostos e escrevo só pelo gosto de escrever e é daí que vem a poesia e a prosa poética de que tanto gosto. Frutos da minha imaginação, de tudo o que a vida me ensinou, do que vi ou vivi ou até de ouvir contar. Mas não foi só isso que me encantou nos blogs. Ao contrário do facebook que é uma página estática, nos blogs conseguimos programar quase tudo, com o nosso gosto e a nossa imaginação em conjunto com os programadores " oficiais" ou, se quisermos aprender e tivermos paciência, podemos nós fazer tudo.

Adoro esta casa. Foi quase um culminar do que aprendi sobre programação sendo que a plataforma do blogger é muito fácil de utilizar e foi a primeira onde trabalhei. A plataforma do sapo é um bocadinho mais estanque mas já vão existindo muitos temas bem giros para decoração e ainda estive indecisa em voltar para lá. Foi uma questão de preço, no fundo. Para registar a patente teria que gastar muito mais do que gastei. O tumblr foi o meu último grande desafio, até porque para ficar alguma coisa de jeito tem que se saber a linguagem da plataforma e programar tudo. Transpirei bem para conseguir que ficasse ao meu gosto e mesmo assim nunca chegou a estar perto da perfeição. Decidi-me por voltar ao WordPress. Porque me permite construir um site, fazer um blog e ainda registar a patente do que consegui salvar desta minha experiência pelo mundo da escrita e da internet.

Vão sempre poder acompanhar-me aqui. Retorno à minha "loja", a um nome antigo mas com um novo formato. Espero que gostem, mas se gostaram até aqui (provavelmente já não irei mudar muito o formato) irão gostar no futuro.

Obrigada a todos os que me apoiaram e ensinaram. Obrigada aos que me acompanharam em quase todas as etapas e foram alguns. Agradeço ainda à nação que acolhe os jogos Olímpicos que foi a primeira a receber-me de braços abertos, foi em plataformas brasileiras que publiquei os meus primeiros textos. Finalmente, em Portugal, ter um blog já não é só para quem se quer mostrar é sobretudo para aqueles que têm gosto em partilhar um pouco do que são e do que sabem, com os outros. 

Que sejam sempre bem vindos

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Em família

Foram maravilhosas, as férias. Como tudo o que é bom, acaba. Ficam os momentos para lembrar. Não podendo repetir o tempo, as lembranças servem para que a nostalgia e as saudades nos levem a procurar que os próximos momentos sejam sempre melhores. Chama-se esperança no futuro e o futuro pode ser sempre uma coisa maravilhosa. Basta acreditar em mim, basta acreditar nos que me são muito, basta acreditar que sim, que vai ser bom.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

É para o menino e para a menina ...


... E estão no fim, as férias. Amanhã vou calçar uns sapatos novos ao meu " Manuel Nuno" ( um Toyota Yaris xx-MN-xx ) para ficar calçado para o Inverno e rebento os últimos cartuxos das férias grandes deste ano. Não sem antes me ter alegrado com a beleza natural que é nossa, este alentejo litoral que faz a fronteira da Europa com o Atlântico e de onde fiz questão de não sair ( para quê??!!) e de me entristecer com o facto de o Portugal para Inglês ver estar a chegar à nossa costa. No inicio deste mês, se não me engano, a taxa de IVA na restauração desceu para os 13%. Infelizmente essa descida, ainda não a verifiquei no preço final dos serviços prestados. O que tenho verificado, isso sim, é que, por moda, os portugueses pagam valores exorbitantes por serviços e refeições que não merecem nem um terço daquele preço. A sério, eu não entendo os portugueses, será que a decoração ou paisagem vale assim tanto dinheiro? É que por vezes, basta virar à direita em vez de à esquerda e encontra-se o mesmo serviço e a mesma qualidade por metade do preço.  Mas enfim, quem sou eu para criticar. Sei no entanto que o meu dinheiro não serve para ser encher barrigas alheias ! 

Vemo-nos por aí, numa praia qualquer, que o bom disto tudo é que, enquanto for Verão, mesmo a trabalhar, posso sempre desfrutar desta grande maravilha que é a nossa! 

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

A Zona Jovem de outros tempos



Ontem voltei a um lugar que é também uma parte de mim. Há 14 anos que não ia à praia a Melides. Tenho lá ido, claro, vi as transformações, mas fazer praia, nunca mais fiz desde que o meu mais velho nasceu. Ainda recordo as ondas enormes, as loucuras dentro e fora da praia. Nem sei bem porquê, lembrei-me desta música . Aquela era a nossa danger zone. Éramos autênticos aviões a experimentar os nossos limites. Uma dog fight contra nós próprios à descoberta da nossa identidade. Tempos irrepetíveis e que nos ensinaram muito, a base do que tivemos, cada um, que aprender depois. 
Dói-me, como deve doer a todos, o que nos fizeram à praia. Não falo das barracas que hoje seriam um atentado à natureza e à paisagem, mas enquanto as praias da zona prosperaram a olhos vistos, Melides parou no tempo e na nostalgia. Parece que já nem as ondas querem ser um grito de liberdade, a rebeldia que caracterizava o lugar e que aprofundou muitos laços de amizade que duram até aos dias de hoje, como se tivesse sido ontem a última noitada. O que foi, não volta a ser, mas Melides merece investimento e recuperação, merece ser colocada no futuro, para que os nossos filhos possam saber que gerações de Grandolenses se fizeram ao mundo, por ali e que muito mais do que a fama que lhe ficou, de lugar de escaramuças, o que realmente sobrou daquele tempo foram as amizades e as recordações conjuntas, as gargalhadas e o que passámos, juntos. Na vida é isso o que mais importa,  o que fica, o que nos sobra por cima de tudo o resto, por isso, continuo a achar que Melides merece mais!