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quarta-feira, 20 de julho de 2016

À beira mar



Têm sido uns dias calmos, tão calmos que sinceramente já nem estava habituada a isto. Numa tarde acabei de ler o livro que andava há meses a tentar ler.
Todos os alentejanos do litoral deviam ler este livro. Foi um livro que me transportou para uma memória que, acredito, seja comum a todos nós, nascidos nestas terras. Sines, aqui chamada de São Torpes, a Esplanada Alentejana nos seus tempos áureos, uma praia que a evolução destruiu e uma terra que mudou e se transformou tanto nos últimos 40 anos. Para além do romance, que vale a pena, este é um tratado histórico sobre uma das estâncias de Verão Alentejanas, sobre a nossa vida, sobre o que mudou por fora mas se arrastou por gerações e ainda chega aos nossos dias. Esta memória colectiva que põe a mulher independente num papel estranho perante a sociedade e a transforma ao longo dos anos, moldando-lhe o futuro, os comportamentos, fazendo-a esquecer, por vezes, os verdadeiros motivos da sua luta. Gostei bastante, tanto que fiquei com curiosidade de ver o filme e fiquei com vontade de repetir livros do mesmo autor. Para além de ser engraçado ler uma história a acontecer em lugares que conhecemos tão bem.

Passo já de seguida para o Oussia, que fui de propósito comprar à feira do livro e que vem com dedicatória para o Afonso. Já li todos os livros do Armando e gostei sempre. Ele escreve na ficção científica, imaginação, uma área pouco explorada pelos portugueses e escreve sempre bem. Diria que é algo verdadeiramente novo na nossa literatura.


Continuamos preocupados, claro! Mas o tempo e a paciência é a única formula mágica de cura que conheço para certos problemas. Não há outra forma senão esta de esperarmos o melhor e acreditar que há-de vir.

Boa noite e bons sonhos =)

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