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terça-feira, 31 de maio de 2016

É a vida !

Hoje ouvi esta música no blog do Pedro Rolo Duarte que costumo ler e adorei-a. Mais uma vez foi amor à primeira nota.

Pegando no título da música, é a vida!, vou partilhar convosco uma reflexão muito simples que me veio à cabeça enquanto prestava os meus cuidados na UCINT.

Na unidade há televisão e enquanto uma das doentes seguia a novela que pelos vistos vai na 2 temporada ( as nossas novelas já têm temporadas?? Ui! ) lembrei-me que não vejo uma novela desde o tempo em que o Diogo Morgado ( ergam uma estátua aos pais que fizeram aquela obra de arte) fazia de Santiago e a novela, de que não me lembro o nome, tinha como genérico uma música dos anjos que eu gostava.

Passaram vários anos , a minha vida mudou tanto...

Ainda gosto de ficar a vegetar, sem pensar em nada de especial ( talvez por isso insista em escrever quando já devia estar a descansar, que o dia começou cedo e cheguei há pouco mais de meia hora) .

Agora utilizo o facebook ou o blog para desanuviar, para fazer a pausa entre o dia e a noite. Das novelas guardo a lembrança que me faziam sonhar. Hoje já não consigo. A ficção deixou de ter em mim a magia que tinha, o de dever continuar a sonhar.

A realidade às vezes embrutece-nos. Não sei se estou mais bruta mas estou de certo mais sincera. Já me é difícil esconder quem amo. O amor tornou-se um conceito muito mais amplo onde cabem os filhos, os pais, a família, os amigos, às vezes as oportunidades que a profissão me dá de identificar esse amor que ainda existe.

Do outro, a que sempre chamei amor, e hoje adjectivo de conjugal, acredito quando vejo casais de namorados com mais de 60 anos, famílias criadas, preocupação sincera e amor que transparece no desespero de quem procura em nós, profissionais de saúde, a resposta que querem ouvir. Sei que eles existem por aí, os casais felizes e rejubilo de cada vez que consigo identificar um.  É essa a minha fonte de esperança, não a ficção.

Nesses tempos que utilizo para vegetar e vou lendo algumas coisas no facebook,  reti ultimamente que nos chamam a geração das mulheres inamoráveis e pergunto-me porque será (?) Será o problema nosso? Ou "deles"? Não andaremos todos muito mais preocupados com o que gravita em torno daquilo a que chamamos amor e nos esquecemos de nos preocupar realmente? Será o eu mais importante ou o nós? Será que nos casais felizes um puxa e outro empurra ou farão o mesmo movimento sincronizado mediante a situação assim o exija? Perguntas para as quais não encontro resposta.

E vou-me deitar que para vegetal estou a pensar demais e amanhã o dia começa cedo outra vez. É a vida!

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