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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Os sons da minha vida

Um dia de folga, um novo look, memórias de um tempo que foi tão bom e que me fez ser o que sou, uma tarde de esplanada, a conversa em dia e um jantar de amigos. Ás vezes repetir muitas vezes o que se gosta é sempre a melhor opção ( embora de fundo obcessivo). Tal como na música, quem gosta repete muitas vezes só para ouvir mais uma vez



sábado, 28 de novembro de 2015

Porque não são só coisas más

Das coisas que mais me aborrecem nesta coisa de ser enfermeira são os horários ( mas só às vezes, para outras coisas estes horários até dão jeito) e o facto de naquelas épocas especiais ou em dias em que a maioria está de descanso e folga  ( vulgo fins-de- semana) nós estamos a trabalhar. Supostamente teríamos direito a 1 fim-de-semana por mês, mas devido à falta de pessoal crónica que ninguém quer assumir ser verdadeira, ficamos com alguns direitos consagrados guardados nas prateleiras à espera que "ninguém desconfie". Assim, geralmente, o meu fim de semana é recortado entre turnos onde vou ajeitando a minha vida pessoal - já estive muito pior, queixo-me agora de barriga mais cheia, que em questão de horários isto já foi um descalabro total. Tanta conversa só para dizer que vão acontecer muitas coisas giras na minha vila, por estes dias, e eu, infelizmente, não vou poder assistir a muitas. Dia 5 vai haver uma aula solidária de Zumba e outra "daquelas modalidades de letras que eu nem desconfio o que será" ( mas deve ser bom e fazer-me pessimamente às costas e optimamente ao humor) eu não vou poder estar presente por que vou estar a trabalhar. Não sou adepta de Zumba ( só porque tenho a mania que gosto de coisas diferentes da  maioria ) mas tendo em conta que os donativos irão reverter em prol da Missão Coragem Associação, que tem como objectivo ajudar todas as mulheres com cancro de Mama, até ia. Sei que vai ser divertido porque é a minha professora de Kombat que dará o Zumba (  e que já não vejo à umas boas semanas porque os horários não estão a ajudar) . Porque a causa é nobre e porque gosto bastante da equipe de monitores ( são monitores ou professores? ) de ambas as modalidades tenho muita pena de não poder ir. Malditos horários!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Um post sobre tudo e sobre nada

A culpa é sempre dos outros. A vida não nos dá, nem de perto nem de longe, tudo aquilo que sonhamos ou esperamos dela. O sentimento recorrente e mais comum é apontar aos outros a culpa pelas falhas que muitas vezes são nossas. O esforço, o trabalho, a disciplina são ferramentas que nos ajudam mas nem sempre chegam. Assumir limitações e deixar para quem sabe melhor é um exercício de reflexão mas sobretudo um sinal de maturidade, a meu ver. O juízo só pode ser feito depois da demonstração da(s) capacidade(s). Primo este pensamento e cultivo-o (ou tento) desde sempre. Já engoli muitos sapos à conta dele. Hei-de continuar a fazê-lo até a vida me demonstrar que não tenho razão para pensar desta forma. Até lá cedo, desculpo-me e tento assumir as responsabilidades que são minhas, mesmo que isso não tenha nada a ver com felicidade ou realização pessoal. " Albarde-se o burro à vontade do dono" e espere-se que no caminho ele não dê muitos coices. Um desabafo de quem se sente à demasiado tempo atada de pés e mãos...

terça-feira, 24 de novembro de 2015

...e chegámos ao natal, outra vez!

Hoje foi um dia mau, tenho muitos assim. Não sei se é característica das mães solteiras, as dúvidas, as incertezas , o constante questionar dos caminhos escolhidos. Hoje não me apetece fazer nada. É nestes dias que a sopa é a minha melhor amiga. Uma sopa poderosa é um bom alimento e já está feita, porque a faço para a semana. Entre conversas sempre me vão distraindo, a playstation dá a banda sonora e o Fifa 15 a diversão que me permite o sossego possível. Não sei se vos acontece mas o Natal é altura de angústia ( podia fazer uma piada e dizer que para o ano já não vai ser assim, vamos ter de volta as 35h e todos os cortes sobretudo nas horas de qualidade que nos tiraram - não me apetece brincar com coisas sérias). Ainda assim os rituais fizeram-se para ser cumpridos e é obrigatória a decoração - sempre gostei de decorações de natal, as luzes e as cores são talvez o que mais me enche o coração, sem falar no aconchego das pessoas que nos são próximas. Não sou dotada de mãos de fada mas esforço-me e como tenho  uma ironia refinada acabo muitas vezes a rir das minhas próprias obras. Pelo menos tento, que me podem acusar de muitas coisas na vida mas nunca de não tentar


Achei esta ideia gira e tirei daqui  

sábado, 21 de novembro de 2015

Saber, saber ser, saber estar, saber fazer

Costumo dizer que tenho feito história em conjunto com a enfermagem. Há quase 20 anos quando, decidida que estava a ingressar numa Universidade pública, percebi que as notas não chegavam para o que achava que queria fazer , havia uma decisão para tomar. Parece simplista o que vou dizer mas porque o caminho que tive que percorrer não foi o mais ortodoxo, uma vez que me encontrava já numa fase a que muitos só chegariam depois, o estudar "fora de casa", nessa altura conhecia o suficiente de mim para saber que se parasse um ano para tentar melhor iria perder o rumo pelo que melhorar notas não era opção. Tinha que "entrar". Foram por esses anos as primeiras edições duma revista que me foi muito útil e que se chamava forum estudante. Naquelas páginas haveria de estar a solução para mim. Lembro como se fosse hoje, sentada na ampla sala da nossa casa de Setúbal, naquele sofá que ainda hoje o melhor que lhe defino de cor é cor de burro quando foge cianosado, a revista abre-se numa página que definia uma "profissão de coração" ( o símbolo do coração no inicio da página definia provavelmente a vertente saúde mas foi assim que me ficou marcada na memória a hora da decisão) . "Olha, eu nem sabia que enfermagem era curso superior, que engraçado." A psicologia em que imaginava os calhamaços maçudos ( nem cheguei a tentar) a farmácia ( que nesse ano ficou a uns míseros 0,5 pontos percentuais do número que me dava o passaporte de entrada) e a bioquímica, a minha grande paixão, mas que não lhe vislumbrava grande utilidade que não fosse a de seguir a via de ensino e do ensino andava eu saturada até à raiz dos cabelos ( mal sabia eu que o bichinho da formação própria e alheia nunca mais me iria largar). Foi assim que depois das 2 faculdades de farmácia ( Coimbra e Lisboa) apareceu a Bissaya Barreto (porque lhe achei piada ao nome) e a Calouste Gulbenkian ( porque só pelo nome me confirmava seriedade) à frente das bioquimicas de Coimbra e Lisboa (porque se tivesse que ser professora pela vida fora ao menos que fosse de uma coisa que realmente gostasse) no meu boletim do euromilhões. E "Tchanam" assim me vejo a ingressar na Bissaya com, como se pode notar, a perfeita noção daquilo para que ia!!! Com o pré acordo familiar de que iria um ano e ao fim do 1º ano pediria transferência para outro curso ( meu querido paizinho, tu bem tentaste safar-me disto tudo, mas devias saber que condições sine qua non para mim são meio caminho para me tornar tão teimosa quanto uma mula de carga!)  e Vá que fui! e vá que depois do 1º mês de estágio na medicina III homens do HUC, nunca mais quis ser outra coisa na vida (até à pouco tempo, altura em que o burnout quase que me ia vencendo) . Foi enquanto estudante que participei nas lutas pela licenciatura ( fui o último bacharelato em enfermagem) foi enquanto estudante que nos inundaram com o REPE ( Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros)  fresquíssimo a sair da imprensa do hemiciclo de tal modo que durante algum tempo lhe soube passagens de cor e ainda hoje consigo identificar se algum assunto que necessito ou de que falamos se encontra previsto ou não no REPE. A Ordem nasceu quando eu nasci para a enfermagem. Vi a ordem nascer com todo o orgulho de quem sabe o peso e a importância da sua profissão para a sociedade e o vê finalmente reconhecido. Fiz a licenciatura, cursos de trauma, 3 SAV`s um SIV, uma pós-graduação em urgência e emergência.Vi a enfermagem nos anos de maior florescimento ( penso eu) em que acreditávamos que a competência advém do conhecimento e em que sabíamos que é na relação que a pessoa se faz . O ser humano na sua vertente bio-psico-social um todo sempre em constante mutação nos movimentos das várias fases da vida e constante permuta entre o estado saúde/doença. A enfermagem era, para mim, um mundo! Depois dos primeiros anos de encantamento vem o choque da realidade, aquela fase em que percebemos que a teoria, na prática, é tantas vezes impraticável. Achávamos nós, tristes crianças na coisa, que tínhamos ainda muitos restos de coisas antigas, desactualizadas, que  urgia serem mudadas, e urgia, mas é o peso da história que nos dá seriedade e essa ainda continuamos hoje a fazê-la. A Ordem nasceu, cresceu ( pouco) e tal como a grande maioria das instituições deste país divorciou-se dos enfermeiros, dizem que se tornou em apenas mais uma forma de "poleiro". Não sei se porque sim se foi apenas coincidência, na altura em que a profissão começou a ser mais "atacada" e desvalorizada, deu-se uma alteração dos seus estatutos:


Cabe aos enfermeiros auto-regular-se e controlar a sua prática. Somos uma profissão! Cabe aos enfermeiros escolher a forma e quem querem para proceder a esse regulamento. Cabe aos enfermeiros informar-se, tentar saber mais sobre quem faz e o que faz na nossa Ordem. Se queremos mais e melhor é necessário querer saber e participar. Nós somos muito importantes no nosso país, mesmo que politicas de vistas curtas e péssimo conhecimento de causa, politicas que dêem a primazia aos números ao invés de pessoas, nos façam crer que não. Mesmo que nos queiram tratar como escravos e nos desvalorizarem no campo das politicas da saúde, são muitas vezes os enfermeiros que levam ao sucesso ou à inviabilização dessas mesmas politicas. É necessário que nós próprios reconheçamos o nosso valor, para que nos valorizem! Não é à toa que países mais desenvolvidos promovem " corredores de captação de enfermeiros portugueses". Esses países sabem que bons enfermeiros, satisfeitos, bem remunerados e em número suficiente, promovem a longo prazo a diminuição dos gastos em saúde, enquanto em Portugal, quando se quer poupar,desvalorizam-se os enfermeiros o seu corpo de conhecimento e o seu papel na sociedade. Somos 66 mil temos que fazer valer o conhecimento que nos esforçamos todos os dias por adquirir 

Informações sobre as listas aqui





e eu tenho uma especialidade para terminar ! 

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Dêm-me uma arma e eu exploderei o vosso mundo

Como mudar o mundo em 18 dias ( em que estive ausente deste blog? ) ? explode-se com a vida de inocentes. Esta é, infelizmente, uma forma que se começa a tornar comum de chamar a atenção. Paro para pensar e apercebo-me que há tanta coisa que não está bem, que se calhar, se pensarmos um pouco, explica-se o porquê. Explicações não são justificações. Nada justifica a violência gratuita e a violência , infelizmente, está enraizada no nosso dia a dia. Na forma como respondemos ao próximo ou como o ignoramos, na forma como não dizemos mas o nosso corpo transborda desprezo pela opinião alheia, no menosprezo que damos ao que nos fala, à forma peculiar como adoramos hoje "deitar abaixo" o que não entendemos ou não nos é semelhante. Não são só eles, somos nós. Somos todos assim, hoje em dia, "eles" são apenas um reflexo do mau, do péssimo, do pior processamento possível, da informação que se retira do mundo que nos rodeia. Basta olharem à vossa volta. Ódio gera ódio numa espiral descontrolada. Não nos podemos esquecer, nem sequer fingir que não entendemos, que estamos em guerra, uma nova forma de guerra, mas estamos sobretudo numa altura em que devemos reflectir muita bem nos valores que passamos aos nossos filhos, porque são esses valores que os poderão vir a salvar do tal ódio com que as guerras se iniciam...




domingo, 1 de novembro de 2015

Dos demónios em vida

Parece que foi há uma eternidade que me sentei para escrever qualquer coisita neste meu modo peculiar de organizar as ideias  no entanto só passou uma semana. No último dia esperava poder sentar-me em frente à TV e "desmaiar/ sonhar"  um pouco mas não consegui. Ainda assim, não tendo sido naquele dia, consegui-o por 1 vez nos dias a seguir e aos poucos vou-me reconciliando com os meus hábitos mais antigos dos quais, confesso, tinha muitas saudades. Assim, descobri por estes dias uma série que vou tentar seguir . Tem tudo para fazer as minhas delicias e completar a sua função na perfeição : fazer-me parar da correria que caracterizam os meus dias para que possa sonhar e nesse intervalo ir-me maravilhando com o que a capacidade imaginativa do Homem pode fazer com o nosso mundo.

São importantes para mim os espaços de reflexão, mesmo aqueles que se escondem por trás dos denominados sensos comuns até porque, como se sabe, muitas das vezes a forma como olhamos para uma mesma coisa pode ir evoluindo com as tendências que nos vão mostrando percursos. No fundo a moda é um pouco isso. Por agora preocupamo-nos com um alerta supostamente novo da OMS que nos diz que ingerimos demasiada carne e ainda assim isso não é nada de novo. Somos a geração de portugueses que mais comeu e isso não implica que sejamos a geração que melhor comeu. O senso comum a jogar a nosso favor: Quantidade não significa qualidade! Basta racionalizarmos um pouco as nossas escolhas e o alerta passa de uma provável causa de histeria para uma simples recomendação. Cabe-nos a nós pensar o que queremos oferecer aos nosso filhos, sim! porque a qualidade que escolhemos como "combustível" mesmo que implique algumas "birras" por parte deles, é formativa. Depois vão querer replicar os bons exemplos e só assim, a meu ver, se conseguem alterar comportamentos. O tempo voa, a tecnologia e as inovações avançam a um ritmo alucinante, mas as mentalidades, essas, evoluem quase com a mesma velocidade que a biologia, que leva milhões de anos a aperfeiçoar-se e a realizar a sua selecção natural. No fundo, no fundo são as noções básicas que queremos preservar e comprovar e que se multiplicam por gerações e gerações se nos obrigarmos a reflectir sobre elas.